Ela orbitava em seu
próprio universo, localizado na via sem nexo. Apenas ela e mais nada – um
planeta criado por si própria sem qualquer sentido. Sentia-se cansada, estava
vazia. Buscou em vão um anestésico temporário; tudo que
encontrou foi mais dor. Toda anestesia tem em sua ponta uma agulha.
terça-feira, 1 de maio de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Era denso. Como uma nuvem. Mas facilmente partia como a água
após a tempestade. Durante o nevoeiro, lá estava ele novamente – era o floco de
neve, que castigava minha face. E então, bastava o sol para desfazer sua
presença. Era o espinho da primavera e a folha seca do outono. Instável como as estações, mas, sobretudo inextinguível.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Todos dizem que está errado
Acham que eu deveria parar
É. Eles me dizem;
hey, hey, se mova para o outro lado
Sempre que vago por essa cidade deserta,
eles vem me falar:
Garota, você costuma ser mais esperta!
Sobrevivendo em outra dimensão
A casa vazia está cheia;
as vozes vem da
televisão?
Costumava ser tão barulhento,
Indo e vindo a todo o tempo
Agora somos apenas nós;
eu, eu mesma e o vento
Eles não param de tentar
e eu repito;
Hey, hey,
eu não vou parar
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