terça-feira, 1 de maio de 2012


Ela orbitava em seu próprio universo, localizado na via sem nexo. Apenas ela e mais nada – um planeta criado por si própria sem qualquer sentido. Sentia-se cansada, estava vazia. Buscou em vão um anestésico temporário; tudo que encontrou foi mais dor. Toda anestesia tem em sua ponta uma agulha. 

2 comentários:

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  2. Amei esse. Acho que é porque achei muito parecido comigo, então me toca ainda mais.
    Sabe, eu acho que quando isso acontece, fica mais difícil de encontrar o caminho de volta. Porque se a gente está em nosso próprio planeta, fechada em nossa própria bolha, então não há como dar atenção ao que estão dizendo lá fora. Não há como saber que precisamos voltar. Achamos que está tudo bem assim. Não bem, mas... achamos que assim é que devia ser. Mas não devia. Ninguém precisa viver assim. Quem sabe eu gritando da minha bolha acabe alcançando a sua.

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